segunda-feira, 31 de dezembro de 2007

DEMOCRACIA TERRORISTA:TUDO EM NOME DA FÉ E DA MORAL CRISTÃ.




ImperialismoAYERBE, Luis F. "Os Estados Unidos e as Relações Internacionais Contemporâneas" Revista Contexto Internacional.
AMIN, Samir. "O Imperialismo americano, a Europa e o Oriente Médio". Versão traduzida para o Português Disponível em: http://resistir.info/samir/samir_nov04_port.html
AMIN, Samir (2004) "U.S. Imperialism, Europe and the Middle East". Monthly Review. Disponível em: http://www.monthlyreview.org/1104amin.htm
ARBEX JR, José. "A responsabilidade dos intelectuais". Revista Caros Amigos Online. Seção Matérias. Ed. 56.

ARBEX JR, José. (2001) “Imperialismo” está fora de moda. Revista Pangea Mundo.

LÊNIN, Vladmir I. O Imperialismo, Fase Superior do Capitalismo. Disponível em: http://www.marxists.org/portugues/lenin/1916/imperialismo/index.htm

LOSURDO, Domenico. "Panamá, Iraque, Iugoslávia: Os Estados Unidos e as guerras coloniais do século XXI". Revista Crítica Marxista. No 9, 1999. Pg. 87-96.
OLIVEIRA, Lucas K. (2002) "Democracia Terrorista: um histórico do imperialismo dos EUA". Caros Amigos Online. Seção Só no Site, Agosto de 2002.










































































































RELAÇÕES INTERNACIONAIS


Associação Brasileira de Relações Internacionais - http://www.abri.org.br/

Artigos – Relações Internacionais - http://educaterra.terra.com.br/vizentini/artigos/index.htm

Centro Brasileiro de Relações Internacionais - http://www.cebri.org.br/01_principal.cfm

Instituto de Relações Internacionais da PUC-RJ - http://www.puc-rio.br/sobrepuc/depto/iri/

Instituto Brasileiro de Relações Internacionais - http://www.ibri-rbpi.org.br/

Instituto de Relações Internacionais da Universidade de Brasília http://www.unb.br/irel/

Instituto de Relações Internacionais da UFSC - http://www.iribr.com/

IPRI — Instituto Português de Relações Internacionais - http://www.ipri.pt/

NERINT - Núcleo de Estratégia e Relações Internacionais – UFRGS - http://www.ufrgs.br/nerint/

Núcleo de Pesquisa em Relações Internacionais – USP - http://www.usp.br/relint/

RelNet - Site Brasileiro de Referência em Relações Internacionais - http://www.relnet.com.br/blog/

Relações Internacionais – Paulo F. Vizentini - http://educaterra.terra.com.br/vizentini/

Ministério de Relações Exteriores – Brasil - http://www.mre.gov.br/



GEOGRAFIA - GEOPOLÍTICA

National Geographic Brasil – www.nationalgeographicbr.com.br

Mundo Geográfico – http://orbita.starmedia.com/mundogeografico/menutextos.html

Metereologia e previsão do tempo - CPTEC do INPE - http://www.cptec.inpe.br/%7Eprodutos/shtml/portal/

Previsão do tempo - http://clima.mx.yahoo.com/ ou http://clima.mx.yahoo.com/america_del_sur/Brasil/

Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais - http://www.cptec.inpe.br/

Parque Nacional Foz do Iguaçu – http://www.fozdoiguacu.pr.gov.br

Oceânica On-Line - http://www.oceanicaonline.com.br/index.htm

Geopolítica do Iraque – www.earthlink.hpg.com.br/2002/10/index6.htm

Site sobre Guerra na Iugoslávia - http://orbita.starmedia.com/~leoterio/servia.html

Resenhas do livro: Quem tem medo da geopolítica? do professor Leonel Itaussu A. Mello (Edusp, 1999).
VILLA, Rafael Duarte (resenhista). “Quem tem medo da geopolítica? - Mackinder: Repensando a Política Internacional contemporânea”. Revista Sociologia Política. no. 14, pg. 195-199, 2000.
RIZZI, Kamilla R (resenhista). “Quem tem medo de geopolítica?” Resenhas, NERINT. Ilea-Ufrgs.




HISTÓRIA

Memória Viva - www.memoriaviva.com

Historia Net - http://www.historianet.com.br/main/index.asp

Site com links para HPs sobre Primeira Guerra Mundial - http://www.italy.kit.net/prigue07fp.htm

História da Segunda Guerra Mundial – http://www.segundaguerramundial.com.br/

Site sobre a participação brasileira na II Guerra - www.sentaapua.hpg.com.br/

Site de Arquivo Histórico e Fotográfico – http://www.uarte.mct.pt/grupos-interesse/historia/ ou
http://www.uarte.mct.pt/grupos-interesse/historia/items.asp?seccao=228&temsub=1

Folha da História – www.folhadahistória.hpg.com.br

História das Religiões - http://web.usc.es/~phcanosa/

História de diversas religiões (site religioso) – http://www.micropic.com.br/noronha/biblia.htm

Site Vestígios – Pré-História à atualidade - http://www.vestigios.hpg.ig.com.br/

História por Voltaire Schilling - http://educaterra.terra.com.br/voltaire/index.htm



REVISTAS

Revista BiodieselBR - http://www.biodieselbr.com/

Revista Crítica Marxista - http://www.unicamp.br/cemarx/criticamarxista/

Revista Contexto Internacional On-Line - http://publique.rdc.puc-rio.br/contextointernacional/ http://publique.rdc.puc-rio.br/contextointernacional/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?tpl=home

ORGANIZAÇÕES e MOVIMENTOS SOCIAIS


Acampamento Intercontinental da Juventude: Cidade das Cidades” - http://www.juventudefsm.org/

Associação Brasileira dos Usuários de Acesso Rápido- http://www.velocidadejusta.com.br

Comunidade de Software Livre - http://www.neurix.com.br

EcoSolidarity Andes - http://www.bluegreenearth.com/appeals_campaigns/ecosolidarity1.html

Intergalactika - http://www.intergalactika.net/

Fórum Social Mundial - www.forumsocialmundial.org.br

Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação - http://www.fndc.org.br/

Grupo Tortura Nunca Mais - http://www.torturanuncamais-rj.org.br/noticias.asp ou http://www.maishumana.com.br/Nunca.htm

Movimento dos Atingidos por Barragens http://www.mabnacional.org.br/

Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto - MTST – http://www.anitamtst.cjb.net/

Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra - MST – www.mst.org.br

Movimento bolivariano por uma nova Colômbia - http://www.movimientobolivariano.org/

Palestina 4ever - http://www.palestine4ever.net/

Rede Solidária – www.redesolidaria.com.br

Revista do Linux - Software Livre - http://www.revistadolinux.com.br


Movimentos e Grupos insurgentes armados

Site Frente Zapatista de Libertação Nacional - FZLN: http://www.fzln.org.mx

Site em Portugês - Exército Zapatista - EZLN-BR: http://www.chiapas.hpg.com.br

Site Exército Zapatista de Libertação Nacional – EZLN - http://www.ezln.org/

Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia - FARC - http://www.farcep.org/



FILOSOFIA POLÍTICA

Ação Social e Cultura Libertária - http://www.aktivaj.hpg.ig.com.br/

A Las Barricadas - http://www.alasbarricadas.org/

Frente de Ação Libertária - http://www.otite.hpg.ig.com.br/inicio.html

Textos de Proudhon - http://www.franciscotrindade.com

Marxists International Arquive - Arquivos de Autores Marxistas - http://www.marxists.org/portugues/indice.htm

Manifesto do Partido Comunista (em Português) - http://www.marxists.org/portugues/marx/1848/ManifestoDoPartidoComunista/index.htm

António Gramsci - http://www.marxists.org/portugues/gramsci/index.htm

György Lukács - http://www.marxists.org/portugues/lukacs/index.htm

Karl Marx & Friedrich Engels - http://www.marxists.org/portugues/marx/index.htm

Karl Kautsky - http://www.marxists.org/portugues/kautsky/index.htm

Rosa Luxemburgo - http://www.marxists.org/portugues/luxemburgo/index.htm

Vladmir Lênin http://www.marxists.org/portugues/lenin/index.htm

Adelmo Genro Filho – Vida e Obra - http://www.adelmo.com.br/index2.htm

DAHL, Robert. El sistema democrático en la clasificación de Robert Dahl
GENRO FILHO, Adelmo. O segredo da pirâmide - para uma teoria marxista do jornalismo. Porto Alegre, Ed. Tchê, 1987. 230 pp. http://www.adelmo.com.br/bibt/t196.htm & Texto na Íntegra

GENRO FILHO, Adelmo. Teoria e revolução (proposições políticas e algumas reflexões filosóficas). In: Teoria & Política. São Paulo, Brasil Debates, 1987 n.8. pp.32-53. http://www.adelmo.com.br/bibt/t206.htm



MÍDIA – AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS


Agência Carta Maior – http://agenciacartamaior.uol.com.br/

Site da Revista Carta Capital – www.cartacapital.com.br

Site da Revista Caros Amigos – www.carosamigos.com.br

Centro de Mídia Independente – CMI-Brasil – www.midiaindependente.org

Independent Media Center – IMC – http://www.indymedia.org/

Jornal A Folha de São Paulo – http://www.uol.com.br/fsp/

Jornal A Hora do Povo (HP) – www.horadopovo.com.br

Radio Muda - Campinas - 105.7 FM – http://www.radiomuda.hpg.ig.com.br/index.html

Radio Livre DCE-UFSCar – São Carlos – 106.1 FM - http://www.radiolivreufscar.hpg.com.br

Rádio Indymedia - http://radio.indymedia.org/

Radio Café Stereo - http://home.swipnet.se/cafe/ind2-1.htm

TV VIVA - http://www.tvviva.com.br/tvviva.htm

TV Cultura - http://www.tvcultura.com.br/

Rebelion - www.rebelion.org

El Libertário – Cobertura Alternativa – Venezuela - http://www.nodo50.org/ellibertario/coberturaalternativa.htm

Pravda On-line – Moscou (em português, russo ou inglês) - http://port.pravda.ru/

Centro de Mídia Independente (CMI) – Palestina - http://jerusalem.indymedia.org/

Agência Cubana de Notícias – AIN - http://www.ain.cubaweb.cu/

Agencia Informativa Lationamericana S/A - Prensa latina - http://www.prensalatina.com.mx/

Agencia de Notícias Nova Colômbia - http://www.anncol.com/

Agência Internacional de Notícias Reuters - http://about.reuters.com/brazil/ ou http://www.foundation.reuters.com/

Agência Internacional de Notícias AFP (Agence France-Presse) – Brasil - http://www.afp.com/portugues/home/

Agência Internacional de Notícias AP - Associated Press - http://www.ap.org/

Agência internacional de Notícias – EFE - http://www.efe.com/principal.asp ou http://www.efebrasil.com.br/



Agências de Notícias sobre o Oriente Médio – Guerra no Iraque

Abudhabi News - http://www.abudhabi.com

Al-Jazeera - http://www.aljazeera.com

Iraq Daily - http://www.iraqdaily.com/

Midle Eats World News - http://www.wnmideast.com/

Palestine Chronicle - http://palestinechronicle.com/

Links para sites de notícias em países do Oriente Médio http://www.cursor.org/

Rede Al Jazeera - http://www.aljazeera.net/index.htm ou http://www.cursor.org/aljazeera.htm

Muslim Wake Up – Cobertura especial da Guerra no Iraque - http://www.muslimwakeup.com/index.htm ou http://www.muslimwakeup.com/warspecialcoverage.htm

Independent Iraq Body Count (contagem dos civis mortos) - http://www.iraqbodycount.net/ ou http://www.iraqbodycount.net/webcounters.htm

Iraq-Net – News - http://www.iraq.net/

Eletronic Iraq – News - http://electroniciraq.net/news/

Qatar – Agência de Notícias - http://www.thepeninsulaqatar.com/index00.asp ou http://www.thepeninsulaqatar.com/Sectionpage.asp?section=World_News

Eletronic Intifada - http://electronicintifada.net/new.shtml

Terror Map - http://indypendent.org/terrormap.html - (principais centros produtores de armas nucleares, químicas e biológicas nos EUA)

ITV – http://www.itv.com ou http://www.itv.com/news/100024.html

Jordan Times - http://www.jordantimes.com ou http://www.jordantimes.com/Sun/

Independent Media Center - http://news.independent.co.uk/world/middle_east/story.jsp?story=389923



CULTURA – ARTES - MÚSICA

Agência de Notícias Literárias - http://www.librusa.com/index.htm

Banda Mundo Livre S/A. - http://www.manguebit.org.br/mlsa/

Hispanista - http://www.hispanista.com.br/portal.htm

Zine Cucaracha - http://www.cucaracha.com.br/

Internacional Jugglers Association - http://www.juggling.org/orgs/ija/

Juggling Information Service - http://www.juggling.org/

Madamebobage - malabares - http://www.madamebobage.com.br/

Nau de Icaros - http://www.naudeicaros.com.br/

Curta o Curta – Cinema e Vídeo - http://www.curtaocurta.com.br/

Colaboração Engidudu

A guerra da América pela dominação global



por Michel Chossudovsky

Este texto serviu de apoio às conferências do Prof. Michel Chossudovsky na Sociedade para a Defesa dos Direitos Civis e Dignidade Humana (GBM), em Berlim, dias 10-11 de Dezembro de 2003, e na Humboldt Universidade de Berlim, em 12 de Dezembro de 2003. O texto em alemão foi publicado pela Junge Welt: Vortrag von Michel Chossudovsky Neuordnung der Welt Der Krieg der USA um globale Hegemonie (Teil 1) Estamos no momento crítico da mais séria crise da história moderna. A administração Bush embarcou numa aventura militar que ameaça o futuro da humanidade. As guerras no Afeganistão e no Iraque fazem parte de uma agenda militar mais vasta, a qual foi lançada no fim da Guerra Fria. A agenda de guerra agora em andamento é uma continuação da Guerra do Golfo de 1991 e das guerras conduzidas pela NATO contra a Jugoslávia (1991-2001). O período pós Guerra Fria também foi marcado por numerosas operações encobertas americanas dentro da antiga União Soviética, as quais foram instrumentais para desencadear guerras civis em várias das antigas repúblicas, incluindo a Chechenia (dentro da Federação Russa), a Geórgia e o Azerbaijão. Neste último, estas operações encobertas foram lançadas com o objectivo de assegurar o controle estratégico sobre os corredores de pipelines do petróleo e do gás. As operações militares e de inteligência na era pós Guerra Fria foram conduzidas em estreita coordenação com as "reformas de mercado livre" impostas sob a orientação do FMI na Europa Oriental, na antiga União Soviética e nos Balcãs, as quais resultaram na desestabilização de economias nacionais e no empobrecimento de milhões de pessoas. Os programas de privatização patrocinados pelo Banco Mundial nestes países permitiram ao capital ocidental adquirir a propriedade e ganhar o controle de uma enorme fatia da economia dos antigos países do bloco oriental. Este processo também está na base das fusões estratégicas e/ou takeovers da indústria do petróleo e do gás na antigas União Soviética por parte de poderosos conglomerados ocidentais, através da manipulação financeira e de práticas políticas corruptas. Por outras palavras: o que está em jogo na guerra conduzida pelos EUA é a recolonização de uma vasta região que se estende desde os Balcãs até a Ásia Central. O posicionamento estratégico da máquina de guerra dos EUA tem em vista ampliar a sua esfera de influência económica. Os EUA estabeleceram uma presença militar permanente não só no Iraque e no Afeganistão, pois têm bases militares em várias das antigas repúblicas soviéticas junto à fronteira ocidental da China. Por sua vez, desde 1999, tem havido uma preparação militar no Mar do Sul da China. A guerra e a globalização andam de mãos dados. A militarização apoia a conquista de novas fronteiras económicas e a imposição por todo o mundo do sistema de "mercado livre". A PRÓXIMA FASE DA GUERRA A administração Bush já identificou a Síria como o palco para o passo seguinte no "mapa da estrada para a guerra". O bombardeamento de presumidas 'bases terroristas' na Síria pela Força Aérea Israelense em Outubro destinou-se a proporcionar uma justificação para subsequentes intervenções militares antecipativas (preemptives) . Ariel Sharon lançou os ataques com a aprovação de Donald Rumsfeld. (Ver Gordon Thomas, Global Outlook, No. 6, Winter 2004) Esta extensão planeada da guerra à Síria tem sérias implicações. Significa que Israel tornou-se uma actor militar principal na guerra conduzida pelos EUA, bem como um membro 'oficial' da coligação anglo-americana. O Pentágono encara o 'controle territorial' sobre a Síria, cuja superfície constitui uma ponte entre Israel e o Iraque ocupado, como 'estratégico' de um ponto de vista militar e económico. Também constitui um meio de controlar a fronteira iraquiana e de conter o fluxo de combatentes voluntários, os quais estão a viajar para Bagdad para se juntarem ao movimento de resistência iraquiano. Esta ampliação do teatro de guerra está em consonância com o plano de Ariel Sharon de construir um 'Grande Israel' "sobre as ruínas do nacionalismo palestiniano". Enquanto Israel procura estender o seu domínio territorial em direcção ao Rio Eufrates, com áreas designadas de colonização judia na área central síria, os palestinianos são aprisionados em Gaza e no West Bak por trás de um 'Muro do apartheid'. Enquanto isso, o Congresso americano endureceu as sanções económicas sobre a Líbia e o Irão. Igualmente, Washington está a dar indicações sobre a necessidade de uma 'mudança de regime' na Arábia Saudita. E a acumular pressões políticas à Turquia. Assim, a guerra poderia na verdade transbordar para uma região muito mais vasta que se estende desde o Mediterrâneo Oriental até ao subcontinente indiano e à fronteira ocidental da China. A UTILIZAÇÃO DE ARMAS NUCLEARES "ANTECIPATIVAS" Washington adoptou uma política nuclear de primeiro ataque (first strike) "antecipativo", a qual recebeu agora aprovação do Congresso. As armas nucleares já não são uma arma de último recurso como durante a era da Guerra Fria. Os EUA, a Grã-Bretanha e Israel têm uma política de armas nucleares coordenada. As ogivas nucleares israelenses estão apontadas às maiores cidades do Médio Oriente. Os governos de todos estes três países declararam bastante abertamente, antes da guerra ao Iraque, que estavam preparados para utilizar armas nucleares "se fossem atacados" com as chamadas "armas de destruição em massa". Israel é a quinta potência nuclear no mundo. O seu arsenal nuclear é mais avançado do que o da Grã-Bretanha. Umas poucas semanas a seguir à entrada dos US Marines em Bagdad, o US Senate Armed Services Committee deu ao Pentágono o sinal verde para desenvolver uma nova bomba nuclear táctica, a ser usada em teatros de guerra convencionais, "com uma potência [até] seis vezes mais poderosa do que a bomba de Hiroshima". A seguir à decisão do Senado, o Pentágono redefiniu os pormenores da sua agenda nuclear numa reunião secreta com executivos sénior da indústria nuclear e do complexo militar-industrial na Sede do Comando Central na Base da Força Aérea de Offutt, no Nebraska. A reunião foi efectuada em 6 de Agosto, o dia em que a primeira bomba atómica foi lançada sobre Hiroshima, 58 anos atrás. A nova política nuclear envolve explicitamente os grandes empreiteiros da defesa na tomada de decisões. Isto é o equivalente à "privatização" da guerra nuclear. As corporações não só obtêm multibiliões de dólares de lucros com a produção de bombas nucleares como também têm um papel directo na preparação da agenda respeitante à utilização e aplicação das armas nucleares. Nesse ínterim, o Pentágono desencadeou uma grande campanha de propaganda e relações públicas destinada a ver positivamente a utilização de armas nucleares com a "defesa da Pátria Americana". Plenamente endossadas pelo Congresso dos EUA, as mini-ogivas (mini-nukes) são consideradas como "seguras para civis". Esta nova geração de armas nucleares é destinada a ser utilizada na próxima fase desta guerra, em "teatros convencionais" (exemplo: no Médio Oriente e na Ásia Central) juntamente com armas convencionais. Em Dezembro de 2003 o Congresso americano estabeleceu uma verba de US$ 6,3 mil milhões, somente para o exercício de 2004, a fim de desenvolver esta nova geração de armas nucleares "defensivas". O orçamento anual global é da ordem dos 400 mil milhões de dólares, grosso modo da mesma ordem de grandeza de todo o Produto Interno Bruto (PIB) da Federação Russa. Se não há evidência confirmada da utilização de mini-ogivas nos teatros de guerra iraquiano e afegão, testes efectuados no Afeganistão pelo Uranium Medical Research Center (UMRC), do Canadá, confirmam que a radiação tóxica registada não era atribuível ao "metal pesado" da munição com urânio empobrecido (depleted uranium, DU) e sim a uma outra forma não identificada de contaminação por urânio. "alguma forma de arma de urânio foi utilizada (...) Os resultados foram espantosos: os doadores apresentavam concentrações de isótopos de urânio tóxico e radioactivo entre 100 e 400 vezes maiores do que nos veteranos da Guerra do Golfo testados em 1999". O PLANEAMENTO DA GUERRA A guerra ao Iraque esteve nos cenários de planeamento pelo menos desde meados da década de 1990. Em 1995 um documento sobre segurança nacional da administração Clinton declarava bastante claramente que o objectivo da guerra é o petróleo: "proteger o acesso ininterrupto e seguro dos Estados Unidos ao petróleo". Em Setembro de 2000, uns poucos meses antes do acesso de George W. Bush à Casa Branca, o Project for a New American Century (PNAC) publicou o seu projecto para a dominação global sob o título: "Reconstruindo as defesas da América". O PNAC é um organismo neo-conservador de consultoria (think tank) ligado ao establishment da Defesa-Inteligência, ao Partido Republicano e ao poderoso Council on Foreign Relations (CFR) que desempenha um papel nos bastidores para a formulação da política externa americana. O objectivo declarado do PNAC é bastante simples: "Combater e vencer decisivamente em teatros de guerra múltiplos e simultâneos". Tal declaração indica que os EUA planeiam estar envolvidos simultaneamente em vários teatros de guerra em diferentes regiões do mundo. O vice-secretário da Defesa Paul Wolfowitz, o secretário da Defesa Donald Rumsfeld e o vice-presidente Dick Cheney adoptaram o projecto PNAC antes das eleições presidenciais. O PNAC esboça um roteiro da conquista. Apela à "imposição directa de 'bases avançadas' americanas em toda a Ásia Central e no Médio Oriente" tendo em vista assegurar a dominação económica do mundo, ao mesmo tempo que estrangulando qualquer potencial "rival" ou qualquer alternativa viável à visão americana de uma economia de 'livre mercado'. (Ver Chris Floyd, Bush's Crusade for empire, Global Outlook, No. 6, 2003) O PAPEL DAS "BAIXAS MACIÇAS PRODUTORAS DE EVENTOS" O projecto do PNAC também esboça uma estrutura consistente de propaganda de guerra. Um ano antes do 11 de Setembro, o PNAC apelava a "algum evento catastrófico e catalisador, como um novo Pearl Harbor", o qual serviria para galvanizar a opinião pública americana em apoio de uma agenda de guerra Os arquitectos do PNAC parecem ter antecipado com cínica precisão a utilização dos ataque do 11 de Setembro como "um incidente pretexto para a guerra". A referência do PNAC a um "evento catastrófico e catalisador" reflecte uma declaração semelhante de David Rockfeller em 1994 ao United Nations Business Council: "Estamos à beira da transformação global. Tudo o que precisamos é a grande crise certa e as nações aceitarão a Nova Ordem Mundial". De modo análogo, nas palavras de Zbigniew Brzezinski, no seu livro The Grand Chessboard : "... pode considerar-se mais difícil moldar um consenso [na América] sobre questões de política externa, excepto nas circunstâncias de uma ameaça externa directa verdadeiramente maciça e amplamente percebida". Zbigniew Brzezinski, que foi Conselheiro de Segurança Nacional do presidente Jimmy Carter, foi um dos arquitectos chave da rede Al Qaeda, criada pela CIA para o assalto aos soviéticos na guerra afegã (1979-1989). O "evento catastrófico e catalisador", tal como declarado pelo PNAC, é uma parte integral do planeamento militar e de inteligência americano. O general Franks, que dirigiu a campanha militar dentro do Iraque, apontou recentemente (Outubro de 2003) para o papel de um "evento produtor de baixas maciças" para reunir apoio à imposição do domínio militar na América (Ver General Tommy Franks calls for Repeal of US Constitution, November 2003, Franks identifica o cenário preciso pelo qual o domínio militar será estabelecido: "um evento terrorista, maciço, produzindo baixas [ocorrerá] em algum lugar no mundo ocidental � pode ser nos Estados Unidos da América � que leva a nossa população a questionar a nossa própria Constituição e a começar a militarizar o nosso país a fim de evitar uma repetição de outro evento que produza baixas em massa".(Ibid) Esta declaração, de um indivíduo que estava envolvido activamente no planeamento militar e de inteligência aos mais altos níveis, sugere que a "militarização do nosso país" é um pressuposto operacional em andamento. É parte do "consenso de Washington", mais vasto. Identifica o "roteiro" da guerra e da "Defesa da Pátria" da administração Bush. Não é preciso dizer que também é uma parte integral da agenda neoliberal. O "evento terrorista produtor de baixas maciça" é apresentando pelo general Franks como um ponto de viragem crucial. A crise resultante e o tumulto social são pretendidos a fim de facilitar uma grande mudança nas estruturas políticas, sociais e institucionais americanas. A declaração do general Franks reflecte um consenso interno dos militares americanos acerca de como os eventos devem desdobrar-se. A "guerra ao terrorismo" destina-se a proporcionar uma justificação destinada a repudiar a Regra da Lei, com o argumento final de "preservar liberdades civis". A entrevista de Franks sugere que um ataque terrorista patrocinado pela Al Qaeda será utilizado como um "mecanismo disparador" de um golpe de Estado militar na América. O "evento tipo Pearl Harbor" do PNAC seria utilizado como uma justificação para declarar um estado de emergência, conduzindo ao estabelecimento de um governo militar. Em muitos aspectos, a militarização das instituições do Estado civil nos EUA já é funcional sob a fachada de uma falsa democracia. PROPAGANDA DE GUERRA Na sequência dos ataques de Setembro ao World Trade Center, o secretário da Defesa Donald Rumsfeld criou o Office of Strategic Influence (OSI), ou "Gabinete da Desinformação" como foi etiquetado pelos seus críticos. "O Departamento da Defesa disse que eles precisavam fazer isso, e eles estavam realmente a plantar estórias falsas em países estrangeiros � num esforço para influenciar a opinião pública mundial". (Entrevista a Steve Adubato, Fox News, 26 December 2002.) E, de repente, o OSI foi formalmente desmantelado depois de pressões políticas e de estórias "perturbadoras" nos media em que "a sua finalidade era mentir deliberadamente para promover os interesses americanos" ( Air Force Magazine , Janeiro de 2003) "Rumsfeld voltou atrás e disse que isto é embaraçoso". (Adubato, op. cit.) Mas apesar desta aparente meia volta, a orwelliana campanha de desinformação do Pentágono continua funcionalmente intacta: "O secretário da Defesa não está a ser particularmente franco aqui. A desinformação em propaganda militar é parte da guerra" (Ibid.) Rumsfeld confirmou posteriormente, numa entrevista à imprensa, que apesar de o OSI não mais existir como nome, as "funções pretendidas para o Gabinete estão a ser executadas". (Citado em Federation of American Scientists (FAS) Secrecy News, http://www.fas.org/sgp/news/secrecy/ 2002/11/112702.html , a entrevista à imprensa de Rumsfeld pode ser consultada em: http://www.fas.org/sgp/news/2002/11/dod111802.html ). Diversas agências governamentais e unidades de inteligência � com ligações ao Pentágono � continuam activamente envolvidas em várias componentes da campanha de propaganda. As realidades são postas de cabeça para baixo. Actos de guerra são apregoados como "intervenções humanitárias" montados para a "mudança de regime" e "a restauração da democracia". A ocupação militar e o assassinato de civis são apresentados como "manutenção da paz". A abolição de liberdades civis � no contexto da chamada "legislação anti-terrorista" � é retractada como um meio de proporcionar "segurança interna" e de sustentar as liberdades civis. O PAPEL CENTRAL DA AL QAEDA NA DOUTRINA BUSH DA SEGURANÇA NACIONAL Explicitada na National Security Strategy (NSS), a doutrina da "guerra defensiva" antecipativa e a da "guerra ao terrorismo" contra a Al Qaeda constituem os dois blocos de construção essenciais da campanha de propaganda do Pentágono. O objectivo é apresentar a "acção militar antecipativa" � o que significa a guerra como um acto de "autodefesa" contra duas categorias de inimigos: "Estados vilões" e "terroristas islâmicos": "A guerra contra terroristas de alcance global é um empreendimento global de duração incerta. ...A América actuará contra tais ameaças emergentes antes que elas estejam plenamente constituídas. ...Estados vilões e terroristas não procuram atacar-nos utilizando meios convencionais. Eles sabem que tais ataques falhariam. Ao invés disso, eles confiam em actos de terror e, potencialmente, na utilização de armas de destruição em massa (...) Os alvos destes ataques são nossas forças militares e nossa população civil, em violação directa de uma das normas principais da lei da guerra. Como se demonstrou pelas perdas do 11 de Setembro de 2001, as baixas civis em massa são o objectivo específico de terroristas e estas perdas seriam exponencialmente mais severas se os terroristas adquirissem e utilizassem armas de destruição em massa. Os Estados Unidos mantêm há muito a opção de acções antecipativas para reagir a uma ameaça suficiente à nossa segurança nacional. Quanto maior a ameaça, maior é o risco da inacção � e mais obrigatória a necessidade de adoptar acções anticipatórias para defendermos a nós mesmos, (...). Para evitar ou prevenir tais actos hostis de nossos adversários, os Estados Unidos, se necessário, actuarão antecipativamente". 12 (National Security Strategy, White House, 2002, Para justificar acções militares antecipativas, a Doutrina da Segurança Nacional exige a "fabricação" de uma ameaça terrorista, � isto é, "um inimigo externo". Ela também precisa ligar estas ameaças terroristas ao "patrocínio de Estados" através dos chamados "Estados vilões". Mas isto também significa que os vários "eventos produtores de baixas em massa", alegadamente pela Al Qaeda (o inimigo fabricado), constituem parte da agenda de Segurança Nacional. Nos meses de preparação para a invasão do Iraque, foram lançadas operações encobertas com 'truques sujos' para produzir inteligência enganosa relativa tanto a Armas de Destruição em Massa (WMD) como a Al Qaeda, a qual era então despejada dentro das cadeias de notícias. Depois da guerra, a conversa da ameaça das WMD baixava de tom, mas a das ameaças da Al Qaeda "à Terra Natal" continuam a ser repetidas ad nauseam em declarações oficiais, comentadas nas redes de TV e coladas diariamente nos tablóides de notícias. E de forma subjacente a estas realidades manipuladas, ocorrências terroristas de "Osama bin Laden" estão a ser mantidas como justificação para a fase seguinte desta guerra. As últimas dependem de uma forma muito directa da: 1) efectividade da campanha de propaganda Pentágono-CIA, que é despejada dentro das cadeias jornalísticas. 2) ocorrência real de "eventos produtores de baixas em massa" como esboçados no PNAC O que isto significa é que eventos terroristas reais ("produtores de baixas em massa") constituem parte integrante do planeamento militar. ATAQUES TERRORISTAS REAIS Por outras palavras, para ser "efectiva" a campanha de medo e desinformação não pode confiar unicamente em "advertências" não comprovadas de ataques futuros, também exige ocorrências terroristas "reais" ou "incidentes", os quais proporcionam credibilidade aos planos de guerra de Washington. Estes eventos terroristas são utilizados para justificar a implementação de "medidas de emergência" bem como "acções militares retaliatórias". Eles são exigidos, no actual contexto, para criar a ilusão de "um inimigo externo" que está a ameaça a Pátria Americana. A provocação de "incidentes como pretexto para a guerra" é parte dos pressupostos do Pentágono. É de facto uma parte integral da história militar americana (Ver Richard Sanders, War Pretext Incidents, How to Start a War, Global Outlook, publicado em duas parte, Números 2 e 3, 2002-2003). Em 1962 a Junta do Estado Maior (Joint Chiefs of Staff) concebeu um plano secreto intitulado "Operation Northwoods" a fim de provocar deliberadamente baixas civis para justificar a invasão de Cuba: "Nós podíamos explodir um navio americano na Baia de Guantanamo e culpar Cuba", "Podíamos desenvolver uma campanha de terror comunista cubano na área de Miami, em outras cidades da Florida e mesmo em Washington" "listas de baixas em jornais americanos provocariam uma onda útil de indignação nacional". (Ver o documento Top Secret de 1962, desclassificado, intitulado "Justification for U.S. Military Intervention in Cuba"16 (Ver Operation Northwoods em Não há evidência de que o Pentágono ou a CIA tenham desempenhado um papel directo em ataques terroristas recentes, incluindo aqueles na Indonésia (2002), Índia (2001), Turquia (2003) e Arábia Saudita (2003). Segundo os relatos, os ataques foram empreendidos por organizações (ou células destas organizações), as quais operam de forma bastante independente, com um certo grau de autonomia. Esta independência é da própria natureza de uma operação de inteligência encoberta. O "activo de inteligência" não está em contacto directo com os seus patrocinadores encobertos. Ele não é necessariamente conhecedor do papel que desempenha no interesse dos seus patrocinadores de inteligência. A questão fundamental é quem está por trás deles? Através de que fontes estão eles a ser financiados? Qual é a rede subjacente de ligações? No caso do ataque bombista de 2002 em Bali, por exemplo, a alegada organização terrorista Jemaah Islamiah tinha ligações à inteligência militar da Indonésia (BIN), a qual por sua vez tem ligações à CIA e à inteligência australiana. Os ataques terroristas de Dezembro de 2001 ao Parlamento indiano � que contribuíram para empurrar a Índia e o Paquistão para a beira da guerra � foram alegadamente efectuados por dois grupos rebeldes com base no Paquistão, o Lashkar-e-Taiba ("Exército dos Puros") and Jaish-e- Muhammad ("Exército de Maomé"), ambos os quais, segundo o Council on Foreign Relations (CFR), são apoiados pelo ISI do Paquistão. (Council on Foreign Relations at Washington 2002). O que o CFR deixa de admitir é o relacionamento crucial entre o ISI e a CIA e o facto de que o ISI continua a apoiar Lashkar, Jaish e os militantes Jammu e Kashmir Hizbul Mujahideen (JKHM), enquanto colabora também com a CIA. (Para mais pormenores ver Michel Chossudovsky, Fabricating an Enemy, March 2003, Um documento de trabalho classificado de 2002, redigido para orientar o Pentágono nas "comunicações para a criação de um chamado 'Grupo de Operações Proactivo e Antecipativo' (Proactive, Pre-emptive Operations Group' - P2OG) , destinado a lançar operações secretas destinadas a "estimular reacções" entre terroristas e Estados que possuam armas de destruição em massa � que é, por exemplo, levar células terroristas a entrarem e acção e expo-las a ataques de "resposta rápida" de forças americanas". (William Arkin, The Secret War, The Los Angeles Times, 27 October 2002) A iniciativa P2OG não é nada nova. Ela no essencial estende um aparelho já existente de operações encobertas. Como já foi amplamente documentado, a CIA tem apoiado grupos terroristas desde a era da Guerra Fria. Esta "activação de células terroristas" sob a cobertura de operações de inteligência exige a infiltração e o treinamento dos grupos radicais ligados à Al Qaeda. Nesse aspecto, o apoio encoberto do aparelho militar e de inteligência americano tem sido canalizado a várias organizações terroristas islâmicas através de uma complexa rede de intermediários e mandatários. Durante a década de 1990, agência do governo americano colaboraram com a Al Qaeda num certo número de operações encobertas, como confirmado por uma relatório de 1997 do Comité do Partido Republicano do Congresso dos EUA. (Ver US Congress, 16 January 1997, De facto, durante a guerra na Bósnia inspectores de armamento americanos estavam a trabalhar com operacionais da Al Qaeda, trazendo grandes quantidades de armas para o Exército Muçulmano Bósnio. Por outras palavras, a administração Clinton estava a "abrigar terroristas". Além disso, declarações oficiais e relatos de inteligência confirmam ligações entre unidades militares de inteligência dos EUA e operacionais da Al Qaeda, como ocorreu na Bósnia (meados da década de 1990), no Kosovo (1998-99) e na Macedonia (2001). (Ver Michel Chossudovsky, War and Globalisation, The Truth behind September 11, Global Outlook, 2003, Chapter 3, A administração Bush e a NATO tinham ligações à Al Qaeda na Macedonia. E isto aconteceu apenas uns poucos meses antes do 11 de Setembro de 2001. Conselheiros militares seniors dos EUA, fornecidos por uma firma de mercenários privados contratada pelo Pentágono, estavam a combater lado a lado com os Mujahideen nos ataques terroristas às forças de segurança da Macedonia. Isto está documentado pela imprensa macedonia e por declarações feitas pelas autoridades macedonias. (Ver Michel Chossudovsky, op cit). O governo americano e a Rede Militante Islâmica estavam a trabalhar como uma mão dentro da luva no apoio e financiamento do National Liberation Army (NLA), o qual estava envolvido nos ataques terroristas à Macedonia. Por outras palavras, os militares americanos estavam a colaborar directamente a Al Qaeda apenas uns poucos meses antes do 11 de Setembro. A AL QAEDA E A INTELIGÊNCIA MILITAR DO PAQUISTÃO (ISI) É na verdade revelador que em virtualmente todas as ocorrências terroristas pós 11 de Setembro a organização terrorista seja relatada (pelos media e em declarações oficiais) como tendo "ligações à Al Qaeda de Osama bin Laden". Isto é por si mesmo uma peça crucial de informação. Naturalmente, o facto de que a Al Qaeda é uma criação da CIA não é sequer mencionado nos relatos da imprensa nem considerado relevante para a compreensão destas ocorrências terroristas. As ligações destas organizações terroristas (particularmente aquelas da Ásia) à inteligência militar do Paquistão (ISI) é admitida nuns poucos casos por fontes oficiais e notícias da imprensa. Confirmadas pelo Council on Foreign Relations (CFR), afirma-se que alguns destes grupos têm ligações ao ISI do Paquistão, sem identificar a natureza destas ligações. É desnecessário dizer que esta informação é crucial para a identificação dos patrocinadores destes ataques terroristas. Ou seja, é afirmado que o ISI apoia estas organizações terroristas, e ao mesmo tempo mantem ligações estreitas com a CIA. A evidência de fontes oficiais confirma que a Al Qaeda é apoiada pela inteligência militar do Paquistão, o Inter-services Intelligence (ISI). O ISI tem apoiado muitas organizações terroristas. Como amplamente documentado, o ISI é apoiado pela CIA e há ligações estreitas entre as duas agências. Os terroristas do 11 de Setembro não actuaram por sua própria vontade. Além disso, documentos oficiais incluindo transcrições do Congresso confirmam que a Al Qaeda é de facto uma criação da CIA, ou seja um "activo de inteligência" O 11 DE SETEMBRO Enquanto Colin Powell � sem provas de apoio � apontou no seu discurso na ONU em Fevereiro de 2003 para "o nexo sinistro entre o Iraque e a rede terrorista Al Qaeda", documentos oficiais, imprensa e relatos de inteligência confirmam que sucessivas administrações americanas apoiaram e acumpliciaram-se com a rede militante islâmica. Este relacionamento é um facto estabelecido, corroborado por numerosos estudos, reconhecido pelos principais think tanks de Washington. Tanto Colin Powell como o seu vice Richard Armitage, que nos meses em que prepararam o caminho para a guerra despreocupadamente acusaram Bagdad e outros governos estrangeiros de "abrigar" a Al Qaeda, desempenharam um papel directo, em diferentes momentos das sua carreiras, no apoio a organizações terroristas. Ambos os homens estiveram implicados � a operarem nos bastidores � no escândalo Irangate Contra durante a administração Reagan, a qual envolveu a venda ilegal de armas ao Irão para financiar os paramilitares Contra na Nicarágua e os Mujahideen afegãos. (Para mais pormenores, ver Michel Chossudovsky, Expose the Links between Al Qaeda and the Bush Administration, http://www.globalresearch.ca/articles/ CHO303D.html ) Além disso, tanto Richard Armitage como Colin Powell desempenharam um papel no encobrimento do 11 de Setembro. As investigações e pesquisas conduzidas nos últimos dois anos, incluindo documentos oficiais, testemunhos e relatos de inteligência, indicam que o 11 de Setembro foi uma operação de inteligência cuidadosamente planeada, ao invés de um acto conduzido por uma organização terrorista. (Para mais pormenores, ver Centre for Research on Globalization, 24 Key articles , September 2003) O FBI confirmou, num relato tornado público tardiamente o papel da Inteligência Militar do Paquistão em Setembro de 2001. De acordo com o relato, o alegado líder elo (ring leader) do 11 de Setembro, Mohammed Atta, foi financiado a partir de fontes do Paquistão. Um relatório de inteligência posterior confirmou que o então chefe do ISI, general Mahmoud Ahmad, havia transferido dinheiro para Mohammed Atta. (Ver Michel Chossudovsky, War and Globalization, op.cit.) Além disso, relatos da imprensa e declarações oficiais confirmam que o chefe do ISI estava numa visita oficial aos EUA entre os dias 4 e 13 de Setembro de 2001. Por outras palavras, o mesmo indivíduo que alegadamente transferiu dinheiro para os terroristas tinha um estreito relacionamento pessoal com um certo número de responsáveis superior da administração Bush, incluindo Colin Powell, o director da CIA George Tenet e o vice-secretário Richard Armitage, com quem ele se encontrou no decorrer da sua visita a Washington. (Ibid) O MOVIMENTO ANTI-GUERRA Um movimento anti-guerra coeso não pode ser baseado unicamente na mobilização do sentimento anti-guerra. Ele deve finalmente remover os criminosos de guerra e questionar o seu direito a governar. Uma condição necessária para deitar abaixo os governantes é enfraquecer e finalmente desmantelar a sua campanha de propaganda. O impulso dos grandes comícios anti-guerra, nos EUA, na União Europeia e por todo o mundo, deveria lançar as fundações de uma rede permanente composta por dezenas de milhares de pessoas dos comités anti-guerra de nível local em bairros, lugares de trabalho, paróquias, escolas, universidades, etc. É finalmente através desta rede que a legimidade daquelas que "governam em nosso nome" será desafiada. Para desviar os planos de guerra da administração Bush e neutralizar a sua máquina de propaganda devemos estender a mão aos nossos companheiros cidadãos de toda a terra, nos EUA, na Europa e por todo o mundo, aos milhões de pessoas comuns que foram enganadas acerca das causas e consequências desta guerra. Isto também implica o pleno descobrimento das mentiras por trás da "guerra ao terrorismo" e a revelação da cumplicidade política da administração Bush nos eventos do 11 de Setembro. O 11 de Setembro é uma burla. É a maior mentira da história americana. Não vale a pena dizer que a utilização de "eventos produtores de baixas em massa" como pretexto para travar a guerra é um acto criminoso. Nas palavras de Andreas van Buelow, antigo ministro alemão da Tecnologia e autor de The CIA and September 11 : "Se aquilo que digo é certo, todo o governo americano deveria acabar atrás das grades". Mesmo assim não é suficiente remover George W. Bush ou Tony Blair, que são meros bonecos. Devemos também cuidar do papel dos bancos, corporações e instituições financeiras globais, as quais de forma inapagável postam-se por trás dos actores militares e políticos. Progressivamente, o establishment da inteligência militar (ao contrário daquele do Departamento de Estado, da Casa Branca e do Congresso americano) está a dar as ordens na política externa americana. Enquanto isso, os gigantes do petróleo do Texas, os empreiteiros da defesa, Wall Street e os poderosos media gigantes, a operarem discretamente nos bastidores, estão a puxar as cordas. Se alguns políticos se tornarem fonte de grande embaraço, eles próprios podem ser desacreditados pelos media, postos de lado, e uma nova equipe de fantoches políticos pode ser trazida para o gabinete. CRIMINALIZAÇÃO DO ESTADO A "Criminalização do Estado" ocorre quando criminosos de guerra ocupam legitimamente posições de autoridade, as quais capacitam-nos a decidir "quem são os criminosos", quando de facto são eles os criminosos. Nos EUA, tanto os republicanos como os democratas partilham a mesma agenda de guerra e há criminosos de guerra em ambos os partidos. Ambos os partidos são cúmplices no encobrimento do 11 de Setembro e na resultante busca da dominação mundial. Toda a evidência aponta para aquilo que é melhor descrito como "a criminalização do Estado", o que inclui o Judiciário e os corredores bipartidários do Congresso americano. Sob a agenda de guerra, foi dada autoridade a responsáveis de alto escalão da administração Bush, a membros das forças armadas, ao Congresso americano e ao Judiciário não só para cometer actos criminosos como também para designar aqueles no movimento anti-guerra que se opõem a estes actos criminosos como "inimigos do Estado". Mais genericamente, o aparelho militar e de segurança americano endossa e apoia os interesses económicos e financeiros dominantes � isto é, o fortalecimento, bem como o exercício, das forças armadas pode impingir o "livre comércio". O Pentágono é um braço da Wall Street, a NATO coordena as suas operações militares com o Banco Mundial e a política de intervenções do FMI, e vice versa. Sistematicamente, os corpos de segurança e defesa da aliança militar ocidental, junto com as várias burocracias civis governamentais e intergovernamentais (e.g. FMI, Banco Mundial, OMC) partilham um entendimento comum, um consenso ideológico e o compromisso para a Nova Ordem Mundial. Para reverter a maré da guerra, as bases militares devem ser encerradas, a máquina de guerra (nomeadamente a produção de sistemas de armas avançados como as WMDs) deve ser travada e o explosivo Estado policial deve ser desmantelado. Mais genericamente, devemos reverter as reformas do "mercado livre", desmantelar as instituições do capitalismo global e desarmar os mercados financeiros. A luta deve ter uma base ampla e democrática abrangendo todos os sectores da sociedade a todos os níveis, em todos os países, unindo num grande ímpeto trabalhadores, agricultores, produtores independentes, pequenos comerciantes, profissionais, artistas, funcionários públicos, membros do clero, estudantes e intelectuais. Os movimentos anti-guerra e anti-globalização devem ser integrados num único movimento à escala mundial. As pessoas devem ser unidas entre os diferentes sectores, grupos de "questão única" devem juntar as mãos num entendimento comum e colectivo sobre como a Nova Ordem Mundial destroi e empobrece. A globalização desta luta é fundamental, exigindo um grau de solidariedade e internacionalismo sem precedentes na história humana. Este sistema económico global alimenta-se da divisão social entre e dentro de países. A unidade de objectivo e a coordenação à escala mundial entre os diversos grupos e movimentos sociais é crucial. É preciso um grande impulso que reuna movimentos sociais em todas as grandes regiões do mundo numa busca comum e no compromisso para a eliminação da pobreza e por uma paz mundial duradoura. O Centre for Research on Globalization (CRG) em concede permissão para a reprodução de artigos originais do CRG na íntegra, ou quaisquer trechos dos mesmos, em sítios internet, desde que os textos e o título dos artigos não sejam modificados. A fonte deve ser identificada como se segue: Centre for Research on Globalization (CRG) © Copyright Michel Chossudovsky 2003 For fair use only/ pour usage équitable seulement.





sábado, 29 de dezembro de 2007


Cartas da Engidudu...CARTA 1

HAILS.

OBS.: ESTAS CARTAS FORAM VEÍCULADAS A PARTIR DE 10 DE DEZEMBRO DE 2004, DA VULGAR ERA CRISTÃ. A DATA DE NOSSOS PRIMEIROS TRABALHOS FOI 22 DE DEZEMBRO DE 2004 DA ERA VULGAR.

Olá. Eu pude analisar com cuidado o texto sobre a FOGC.Notei que há muito de fantasioso, criado no texto com o intuito de (como eu coloquei no outro e-mail) engendrar uma situação fantasiosa do mal – os demônios citados, e outras coisas sobre sacrifício humano).De novo me parece que há um interesse escuso por parte de quem compôs o trabalho, de gerar um terror sobre pessoas que se dispunham a realizar e viver o ato mágicko, de maneira a usar a magia em prol de um objetivo, e sendo fortes foram além dos limites dos fracos, o que lhes rendeu o ódio por parte de corpos iniciaticos antigos, que estão na mão oposto de sistemas que buscam o desenvolvimento e liberdade do ser (infelizmente a maçonaria atua muito neste sentido, no entanto há exceções).Notei que a semelhança entre a Ordem de Baphometh e a FOGC( o J-Allah da FOGC e o Yallah da O. Baphometh, estrutura de graus 99 graus, entre outros), e bem c omo com a Temple Of Vampir, o que pude juntar sobre a OTO Antiqua, corpos diversos da OTO Atual (draconiana, tiphoniana, tradicional, e G.D. thelemica, entre outras).Está semelhança me sugere que o fato se baseia na mesma situação das muitas árvores da vida de muitos povos (Mayas, Nórdicos, Hebreus, Sumérios, etc.). O que ocorreu foi um movimento gerador, engendrado por um grupo e que realmente está possivelmente ligado a um processo de consciência além dos ditames convencionais (os thelemitas chamam está consciência de Lam, ou Amalamtra, que de forma simplista é uma expressão de Shaitan-Aiwass. Sabemos também que há o conceito de Shaitan dos Yesides, remanescentes de Setianos, que o adoram como o Anjo Pavão).O que é mais interessante é que TODO E QUALQUER PRATICANTE DE HERMETISMO, e bem como TODO E QUALQUER PRATICANTE DE GNOSE GENUÍNA, assim como os corpos supra citados, buscam um TRABALHO mágico real, buscam desenvolvimento
E tem um problema em comum:Todos os acima citados tanto são perseguidos e execrados publicamente, quando lutam para exterminar o conceito de ignorância, fonte de todo o mal real deste mundo, mal este que se esconde na palavra do fanático (seja ele de qualquer religião que o for), nos termos dos que levam as multidões destes fanáticos contra os praticantes, e contra a liberdade de pensamento e criação.Sabemos que os gnósticos conhecem e lutam contra os efeitos de saclas na consciência humana.Sabemos que os Satanistas lutam contra o aprisionamento da liberdade da mente e da alma.Sabemos que os thelemitas se opõem abertamente a todas as vertentes aprisionadoras acima.Sabemos que a Kaos luta por engendrar uma alteração no inconsciente coletivo, procurando desenvolver os praticantes, em liberdade, e opondo-se diametralmente a formas de estreitismo mental.Sabemos que os Setianos lutam contra todos os termos acima, que são provenientes da deturpação do culto de Asar Um Nepher, cultuado posteriormente em todo o Egito como Osíris, e que causou as bases para o culto monoteísta de Akhenaton.Sabemos que há alguns maçons ativos, que trabalham de forma concreta e correta, contra os males acima.Sabemos que há formas de feitiçaria e de paganismo, que estão além dos ditames monoteístas, e que não sendo apenas uma forma de modismo, lutam pela expressão e liberdade de seus partidários
Assim, não seria então o caso de entrar em contato com os representantes dos grupos acima mencionados, com o objetivo de unilateralisar os objetivos de nossas práticas?E não estou falando de unificar as vertentes em uma Loja.Mas sim de por meio de um Conselho de Praticantes destas vertentes, organizarem a estes movimentos para que nas datas de maior impacto – as chamadas 8 festas sazonais, por exemplo, entre outras – um mesmo tipo de rito, respeitando os ditames e organização destes Corpos Iniciáticos, fosse realizado com o objetivo justamente de criar um efeito crescente que lutasse pelos ideais comuns a todos.E talvez, mesmo de engendrar discursos específicos formativos, que levassem os membros de cada Corpo Iniciátivo acima, a enxergarem os objetivos de sua Loja como o existente na Outra que estivesse neste Conselho, e assim engendrar uma cooperação em direção ao objetivo comum.Se está idéia for útil.Ou se ela for de seu agrado, responda-me, talvez isto venha a gerar um futuro vivo para o ocultismo, e mesmo uma expectativa de vida para anos futuros, pois estamos a beira de um taliban cristão neste país.



Cartas da Engidudu...CARTA 2

O MESMO AVISO DA CARTA UM, É VÁLIDO AQUI.93/Heilsa!!!Saudações.Eu gostaria de colher saber suas opiniões sobre os assuntos abaixo, e gostaria de propor um consenso uma vez que as tenhamos discutido.Sobre o que discutimos por email, sobre o uso da magia em datas sagradas e acompanhando determinados princípios, gostaria de minha parte de propor o seguinte:a) Sobre as vertentes que abordam e usam Baphometh, canaliza-lo em seu turbilhão negativo para destruir a fraqueza, e bem como a fonte de ignorância da sociedade, de maneira que os fortes colham a força do turbilhão positivo. Em resumo, fazer com que os vícios da sociedade, e dos que vivem destes vícios, em todas as sociedades que se embasam na torpes fanática, ataquem a si mesmos, destruindo aos que ampliam e geram as fontes de ignorância, a própria causa do problema;b) Uma vez que a sociedade é composta de uma maioria de pessoas, que são incapazes em si mesmas, pois não são indivíduos na concepção real da palavra, e na verdade foram arrancados das almas grupos de que faziam parte, por atos sexuais baixos, em meio a padrões de vibração ainda mais baixos, mantidos pelos corpos que mundo afora, se mantém através da causa do problema, o exposto no item “a” acima torna-se inteligível;c) De maneira alguma o “acordo”será útil ou abrigará utilidade, de qualquer espécie, sobre hierarquias de quaisquer que sejam as vertentes, que estejam participando. Apenas concordamos com uma resolução específica para o problema, e concordamos que há irmãos em armas, por assim dizer, e o ato em si do “acordo”serve para unir partes interessadas, causar uma convivência distanciada ou próxima amena, e desencadear uma “Onda” ou “Um Efeito Kutulu”, sobre a sociedade como um todo, de maneira que venha a crescer no decorrer do tempo; excluir

d) O uso de materiais como o Tephanon – espero que a escrita esteja correta – como usado na FOGC, opcionalmente caso se opte para isto, ou de quaisquer construções que agindo sobre um veio telúrico, seja um emissor da dita “Onda” e um acumulador de energia;e) Sigilização e Rituais, nas 8 datas Sazonais, ou apenas nos Solstícios e Equinócios, e bem como no período que vai do Último Dia da Lua Minguante ao Terceiro Dia da Lua Nova. Concentrando assim o efeito ofensivo procurado;f) Um Tempo Específico para que os trabalhos durem, em uma fase de verificação, onde atentos a jornais e revistas, entre outros, verificaremos se logramos o êxito, se não logramos, ou onde logramos o êxito, e então atacaremos com Maior Ênfase no ponto em que logramos mais êxito. Que proponho que seja de 3 Meses, começando se possível neste Solstício de Verão, abrangendo os períodos lunares como exposto acima, até que venha o Equinócio de Outono, ou indo até o Equinócio de Inverno.Eu saúdo a todos, e agradeço a atenção prestada, e estarei aguardando um contato com suas opiniões sobre os itens acima.

Fr. O.Z.Wassail/93

Microfísica do Poder


(versão em pdf - necessita do programa Adobe Acrobat Reader)

"Bush" Apoia cruzada contra terroristas.








Menos de um ano depois da criminosa ocupação do Iraque, assessores da Casa Branca confessariam toda a trama. Em janeiro de 2004, o próprio Powell revelaria numa entrevista coletiva que não possuía “provas concretas” sobres as ligações do Iraque com a rede Al-Qaeda. Já o secretário de Defesa Donald Rumsfeld, ao ser interrogado no Congresso dos EUA após a difusão do relatório Kay, afirmou candidamente: “Na verdade, não sabemos se havia de fato qualquer arma de destruição”. Pouco antes do início da agressão, ele havia garantido à imprensa que “nós sabemos onde estão escondidas as armas proibidas de Saddam Hussein”. A desmoralização foi tanta que o falcão Rumsfeld teve que ser defenestrado do governo Bush.A confissão do crime desgastou ainda mais a imagem da mídia hegemônica dos EUA, que veiculou sem qualquer neutralidade ou espírito crítico as mentiras de Bush. Segundo o comunicólogo Ben Bagdikian, “cinco ou seis corporações controlam atualmente tudo o que os estadunidenses lêem, vêem e ouvem”. Todas elas se somaram à onda conservadora, de cunho patriótico-religioso, para justificar a agressão ao Iraque. Dois destes impérios midiáticos – a News Corp, do australiano naturalizado Rupert Murdoch, e as publicações da seita Moon, do reverendo sul-coreano Sun Myung – têm notórias relações com o Partido Republicano e fizeram campanha descarada pela agressão. Apenas o jornal New York Times, temendo a perda leitores, publicou editorial, em maio de 2004, com a singela autocrítica da abjeta manipulação.Um mentiroso profissionalEsta mesma mídia venal ajudou a cultivar a imagem pública do presidente-terrorista George W. Bush, em particular após os atentados de 11 de setembro. Ela sempre procurou esconder a trajetória sinuosa e nada transparente do atual ocupante da Casa Branca. Para manter entorpecido o povo estadunidense, não deu destaque às antigas alianças da família Bush com Saddam Hussein e mesmo com Osama bin Laden – o primeiro recebeu milhões de dólares na sua guerra contra os aiatolás que lideraram a revolução no Irã; já o segundo foi assessorado diretamente pela CIA, com dinheiro, treinamento e armas sofisticadas, como o míssil Stinger, na sua aparelhada guerrilha contra o regime pró-soviético do Afeganistão.George W. Bush, um mentiroso profissional, sempre ocultou as suas obscuras relações com a família Bin Laden.

Seu primeiro negócio no ramo do petróleo, como dono da empresa Arbusto Energy, deu-se através de empréstimos do banco BCCI, de James Bath, que também era representante no Texas do xeque Salem bin Laden – proprietário, junto com seu famoso irmão Osama, da maior construtora do Oriente Médio – a Bin Ladem Brothers. Quando a Arbusto entrou em concordata, em 1981, o poderoso grupo saudita ajudou novamente a tirar do sufoco o atual presidente dos EUA. Isto talvez explique porque Bush fez questão de censurar as 28 páginas do relatório sobre os atentados de 11 de setembro que se referiam aos sauditas.Na sua trajetória de “filhinho de papai”, Bush cometeu várias irregularidades, que infelizmente são pouco conhecidas devido à blindagem da mídia. Como estudante, foi um aluno “beberrão e arruaceiro”, segundo a explosiva biografia escrita por James Hatflied, que foi sabotada pela própria editora. O autor revela que Bush foi preso por dirigir embriagado e também por porte de cocaína – neste crime sua ficha foi removida dos registros policiais por interferência direta do pai, então presidente dos EUA. Já como empresário do ramo de petróleo, ele foi um desastre, levando a falência três empresas – Arbusto, Spectrum e Harken –, todas envolvidas em falcatruas, como remessa ilegal de divisas e sonegação de impostos.




Bush acha que Deus fala com ele... Ele se julga em missão divina... Reiterou que sua missão é ditada do alto, a pretexto de que ‘a liberdade é uma dádiva do todo-poderoso’... Essencialmente, o que ele disse foi ter sido ‘convocado’ para esse papel... George W. Bush foi colocado na Casa Branca por Deus”.Bob Woodward, no livro Plan of attack, com base em declarações do próprio presidente-maníaco.O choque de civilizações foi escrito em 1993. O livro de cabeceira dos republicanos afirma que o mundo vive uma fase de transição e que a maior ameaça ao “ocidente” viria da chamada “conexão islâmica-confuciana”, incluindo os países árabes e a perigosa China. Diante deste cenário apocalíptico, Huntington sugere que o “mundo ocidental” deve usar meios militares para desestabilizar as “civilizações hostis” e preservar a sua hegemonia. “Um mundo sem o primado americano terá mais violência e desordem, menos democracia e crescimento, do que um mundo no qual os EUA continuem a ter mais influência do que qualquer outro país na formação dos negócios globais”. Os atentados de 11 de setembro seriam a prova cabal do acerto desta “teoria”.“Enviado de Deus na Terra”Por detrás desta “teoria insana” se escondem muitos tiranos maníacos. A mídia hegemônica, que costuma fazer grosseiras caricaturas do islamismo e de outros credos, não enfatiza que o próprio George W. Bush é um ativo partidário da intolerância e do fanatismo religioso. Ele jura que é um “enviado de Deus na terra” – ou, como escreveu um colunista do Washington Post, “é o próprio aiatolá da América”. Na sessão conjunta do Congresso de setembro de 2001, quando decretou sua “guerra infinita”, o atual presidente dos EUA esbravejou: “Ou você está conosco, ou está com os terroristas. De hoje em diante, qualquer nação que continuar a acolher ou apoiar o terrorismo será encarada pelos EUA como regime hostil”.Foi nesta ocasião que Bush pregou a “cruzada contra o terrorismo”, numa versão cristã da Jihad, a guerra santa dos mulçumanos. Poucos dias depois, o pastor Jerry Falwell, um de seus “conselheiros espirituais”, aproveitou o clima de histeria decorrente dos atentados de 11 de setembro para afirmar que “Maomé é terrorista”. Já o reverendo Pat Robertson disse que aquele ataque fora “um castigo de Deus por causa da legalização aborto e da ação das feministas e gays”. E a jornalista Ann Coulter, entusiasta da “guerra santa”, escreveu: “Devíamos invadir o país deles, matar os líderes deles e convertê-los ao cristianismo”.


Na eleição de 2000, George Bush teve apoio ativo dos pastores ultraconservadores, como Pat Robertson, Jerry Falwell e do midiático Billy Grahan. Os seus cabos eleitorais foram os fanáticos das organizações religiosas de extrema direita dos EUA, como a Maioria Moral e a Coalizão Cristã, secretariada por Ralph Reed. Este só não pôde participar mais ativamente da campanha eleitoral porque foi revelada sua atuação ilegal e criminosa de lobista da Microsoft e da corrupta Enron. Para colegas evangélicos, o pastor Reed jurava que “Deus escolheu Bush porque sabia de suas qualidades de líder vigoroso e resoluto”.A agressividade dos tele-evangelistas contra as “civilizações hostis”, as liberdades democráticas, o aborto e o homossexualismo acabou rendendo votos entre o eleitorado mais conservador e chauvinista dos EUA. Além disso, ela foi apimentada pelo falso moralismo destas seitas. Isto apesar de denúncias contra muitos pastores. Um deles, Jim Baker, dono de império de hotéis, escandalizou o país ao admitir que mantinha relações extra-conjugais e ao ser preso por desvio de dólares dos fiéis. Já Jimmy Swaggart, cuja pregação alcançava mais de 100 países, incluindo o Brasil, caiu em desgraça ao se descoberto em prostíbulos. Ele chorou, pediu desculpas e, pouco depois, voltou à ativa, tornando-se ativo apoiador de George W. Bush.Já Pat Robertson, criador da Coalizão Cristã, detém postos de comando no Partido Republicano e possui milionários negócios, como a exploração de minas de ouro na Libéria e uma influente rede de televisão – Cristian Broadcasting Network (CBN). Seu programa diário na TV é famoso pelas agressivas campanhas contra o aborto e o casamento gay, pela obrigatoriedade do ensino religioso nas escolas e pela defesa dos “valores da família”. No ano passado, causou celeuma no país ao pregar o assassinato do presidente Fidel Castro. A Coalizão diz possuir um milhão de adeptos e se vangloria de ter já elegido vários deputados, senadores e governadores. Ela tem um luxuosa sede em

Washington que serve para sua ação lobista.



A família Bush sempre manteve relações estreitas com a direção do BCCI. Richard Helmns, ex-diretor da CIA e embaixador no Irã no tempo do ditador Reza Pahlevi, foi quem apresentou o principal operador do banco nos EUA, Mohammed Rahim Irvani, ao presidente Bush-pai. Antes disso, seu filho já havia virado amigo, durante seu “serviço militar” na Guarda Nacional do Texas, de outro pistolão do BCCI, James Bath. Em 1977, através deste contato, o banco financiou a primeira empresa de petróleo de baby-Bush, então com 31 anos, a Arbusto. Bath, que era representante no Texas da Bin Laden Brothers Construction, também foi o responsável pelo primeiro contato do atual presidente com a família de Osama bin Laden.Apoio dos executivos-ladrõesOutro antigo contato da dinastia Bush que beneficiou o atual presidente foi com o Grupo Carlyle, um dos principais fornecedores do Pentágono. Antes de ser governador do Texas, Bush-II integrou o conselho de direção de uma das subsidiárias deste grupo, a CaterAir. As indústrias deste grupo fabricam, entre outras coisas, o tanque Bradley e as peças do helicóptero Apache. A guerra declarada por George Bush “contra o terrorismo” utiliza as armas fabricadas pelas empresas do Grupo Carlyle. Outra ironia da história é que a família Bin Laden também é uma poderosa acionista desta corporação transnacional.Estas intrincadas relações com o “complexo industrial-militar” é que levaram George W. Bush ao poder. Em maio de 2004, quando vários escândalos colocaram no banco de réus os executivos-chefes de várias empresas, a revista Time revelou que sua reeleição teve o apoio financeiro de 261 destes criminosos; 31 contribuíram para seu adversário democrata, John Kerry. Entre as corporações que entraram em colapso por fraudes contábeis estava a Enron, a sétima maior multinacional do mundo na lista da revista Fortune, e a Arthur Andersen. Ambas foram as principais financiadoras de Bush. Ken Lay, o corrupto presidente da Enron, acompanhou-o desde o início da carreira política, ajudando-a a se eleger governador do Texas.A maior parte da equipe do atual presidente também presta serviços ao “complexo militar-industrial”. O vice-presidente Dick Cheney presidiu a Halliburton Industries, a empresa de petróleo maior beneficiária da ocupação do Iraque; sua esposa, Lynne Cheney, participa do conselho de direção do maior fabricante de armas dos EUA, a gigante Lockheed; o procurador-geral John Ashcroft foi advogado da Monsanto e da AT&T; o ex-secretário de defesa Donald Rumsfeld pertenceu à direção da General Instrument, Sears e Kellogg’s; já o secretário de saúde Tommy Thompson foi, ironicamente, acionista da empresa de fumo Philip Morris; e a atual secretária de Estado, Condoleezza Rice, foi do conselho da Chevron – um dos maiores petroleiros desta empresa foi batizado com o seu nome pelos relevantes serviços prestados.Máfia dos gusanos cubanosComo se nota, a dinastia Bush mantém ótimas amizades. Os três irmãos do atual presidente também estão envolvidos em negócios ilícitos. Jeb Bush, governador do Flórida, mantém estreitas relações com a máfia dos exilados cubanos, os gusanos (vermes). Tão logo chegou a Miami, nos anos 80, ele virou sócio do “empresário” Armando Codina – processado por vários casos de corrupção. Depois, passou a freqüentar os luxuosos jantares e a voar no jatinho particular de Alberto Duque – que também foi condenado a 15 anos de prisão por fraudes, mas conseguiu “fugir” da cadeia. O outro vigarista com quem manteve relação foi Hiram Martinez, que também teve prisão domiciliar decretada por especular no ramo imobiliário.Já Camilo Padreda, ex-oficial da contra-espionagem do ditador Fulgêncio Batista, outro amigo intimo de Jeb, foi indiciado por contrabando de drogas, lavagem de dinheiro e tráfico de armas. Miguel Recarrey, indicado por Jeb para integrar o gabinete do governador do Estado, ficou famoso por desviar verbas do programa Medicare – de assistência médica aos idosos. A sede da sua empresa, a International Medical Center, foi o quartel-general dos contra-revolucionários nicaragüenses. Na sua mansão em Miami, este “exilado” mantinha um arsenal de rifles e metralhadoras. Já seu irmão, Jorge Recarrey, que se gabava de ter prestado “serviços” à CIA, indicou seu amigo Jeb Bush como “consultor para acordos imobiliários”.Já os outros dois irmãos, Marvin e Neil, preferiram não ingressar na política. Mesmo assim, estiveram metidos em vários escândalos. Neil Bush foi diretor da Silverado Banking, empresa acusada de falência fraudulenta e desvio de US$ 1,3 bilhão dos cofres públicos. Ele gostava de viajar a Argentina para jogar tênis com seu amigo Carlos Menem, que na época já era acusado de vários casos de corrupção. Já Marvin Bush, irmão mais novo do atual presidente, integrou o conselho de direção da Fresh Del Monte, empresa acusada de subornar políticos do México e manter dinheiro sujo no paraíso fiscal das ilhas Cayman.Estas e outras denúncias chegaram a causar desconforto na Casa Branca quando o pai era presidente. Este ainda tentou justificar os “negócios e as amizades” dos seus filhos. “Os meninos têm o direito de ganhar a vida”. Já um agente do serviço secreto encarregado da segurança da família presidencial foi mais direto: “Olhe, a gente avisa os garotos. Mas é só o que podemos fazer. Não temos como impedi-los de se ligarem a estas pessoas. Além de avisar, a única coisa que podemos fazer é submeter essa gente ao detector de metais quando aparece por aqui [na Casa Branca]”. Mas, infelizmente, o detector de metais não impediu que um de seus filhos, George W. Bush, chegasse a presidência dos EUA.